No mês de Abril, a TerraConsultores, empresa de consultoria nas áreas agrícola, agro industrial, florestal, ambiental, energético e turístico; e A Terra Verde - Associação de Produtores Agrícolas do Açores – assinaram um protocolo de colaboração que permitirá aos sócios da Terra Verde possuírem consultoria na área agricultura para os investimentos a realizar, nomeadamente estudos de mercado, planos de marketing, projectos de investimento no âmbito dos fundos comunitários, estudos técnicos e de viabilidade económica, participação em projectos de investigação e desenvolvimento, etc., contemplando o apoio técnico agrícola promovido pela associação.
O protocolo foi firmado pelos responsáveis das instituições, António Simas e Sónia Nicolau, sócia da empresa desde o início deste ano da TerraConsultores e José Manuel Ledo, da Terra Verde. “Consideramos que este é mais um passo importante para consolidar a missão da TerraConsultores, que quer ser parceira no desenvolvimento da agricultura nos Açores em harmonia com práticas ambientais, integrando, por exemplo, a gestão dos resíduos e o recurso a energias alternativas”, afirmou António Simas.
O Director Executivo da TerraConsultores, António Simas, referiu ainda que “visionamos que a relação entre a agricultura, floresta e ambiente irão iniciar caminhos diferentes dos actuais. Os desígnios da UE para a próxima Política Agrícola Comum, onde a estratégia do Prado para o Prato, o Pacto Europeu Verde e a Estratégia para a Biodiversidade, são suportes estratégicos que acreditamos irão mudar o panorama agrícola regional. Há desafios globais que para serem atingidos, dependerão de novas formas de olhar para o modo e tipo de produção agrícola. Desde logo Eco-regimes como a agrofloresta, agroecologia, a agricultura deprecisão e o sequestro do carbono na agricultura, levarão a uma modificação da actuação do sector agrícola como maioritariamente o conhecemos.
Entre a agricultura e o ambiente está o agricultor e as suas práticas, que são peças fundamentais para uma agricultura sustentável no respeito pela biodiversidade. O agricultor é o actor principal da transformação que se quer a favor de uma agricultura mais amiga do ambiente, esta é uma certeza que garante qualidade no processo.
Entendemos que o novo quadro comunitário poderá beneficiar e recompensar os agricultores que adoptem métodos e práticas sustentáveis ultrapassando os requisitos mínimos obrigatórios e que a monocultura deixe de ser a regra associada a grandes áreas, não promovendo a diversidade produtiva que se exige pela dimensão do território Açores e promover a saúde do solo, garantindo, desde logo, práticas que conduzam a um maior sequestro do carbono.
Assumimo-nos para além de uma empresa que presta serviços de consultoria económico-financeira, possibilitando que toda introdução de novos métodos, práticas e processos no sector agrícola, possa ser sempre acompanhada e coadjuvada pela sua viabilidade técnica e económica-financeira, procuramos ser também parceiros de projectos de investimento agrícolas sustentáveis, no modo e no tempo, que de forma integrada com outras áreas acrescentem valor a este importante sector primário.
Em suma, acreditamos que a agricultura deve ser um forte aliado no combate às alterações climáticas, mas há que mudar práticas assumindo-as em ritmo com a natureza, garantindo rentabilidade e acrescentando notoriedade à agricultura nos Açores, que é reconhecido a nível mundial como destino sustentável”, finalizou.
Correio dos Açores - 30 de maio de 2021